Capítulo final da nossa viagem em março…
Bom, voltamos de Paris e estranhamente nos sentimos “em casa” em Londres! haha
Nessa última semana fizemos algumas coisas que não deu tempo de fazer antes (e isso já está me aumentando a ansiedade pra próxima vez não deixar tantas pendências… haha).
Fomos conhecer um mercado aberto, que é praticamente “debaixo do viaduto”, passa um trem acima, e o mercado funciona ali todos os dias, com barracas vendendo principalmente comidas variadas, doces, queijos, e afins. É bem central, entre a Southark Cathedral e a estação de trem London Bridge. O nome dele é Borough Market, e eu amei!!
Ali na área tem o lugarzinho que vende um lanche sensacional! O dono mesmo que atende e nos ouviu falando português, disse que ele era de Portugal e conversou conosco em português também! É assim: um pão tipo foccacia (enorme, redondo, tipo uns 20cm de diâmetro sem exagero), abarrotado de recheio! Nós escolhemos um de frango, bacon e queijo brie, ele ainda coloca no forno pra aquecer… E ainda vem um pacotinho de “chips” e um refri ou suco de lata. Preço? 3,50 libras!!! Como ali era muito pequeno, fomos pro mercado aberto sentar e comer. Não consegui comer tudo, por incrível que pareça, levei o resto pra casa… Mas infelizmente não tirei foto! haha
Do lado do Borough Market tem um restaurante focado no cacau, o Rabot 1745 – pensa num lugar incrível!!! Tirei muitas fotos ali, claro! haha E da próxima pretendo ter mais tempo pra provar algumas coisinhas… É todo temático e alusivo à região produtora de cacau em Santa Lucia, no Caribe.
Depois fomos visitar o irmão do meu marido que mora numa cidade chamada Chelmsford. Ele foi com a família pra lá pouco depois que nossos amigos foram.
O trajeto de trem é tranquilo, e coma passagem semanal, fica um pouco mais barato. Vai pro mesmo lado que o aeroporto Stansted, onde pegamos o voo pra Dublin. E passa por aquele mega shopping que fizeram na época das olímpiadas, pois ali na região tinha muito alojamento das delegações.
A cidade é pequena, fofa, mas tem de tudo também! Até achamos um jogo pro PS4, Drive Club, numa “pawn shop” (tipo penhor, mas pelo que entendi as pessoas levam coisas que a loja compra e revende). O jogo tinha sido lançado fazia pouco tempo, e estava apenas 10 libras, em ótimo estado! E fomos numa Dunkin Donuts ali! haha
Ficamos um fim de semana, e voltamos direto pra fazer mais 2 ensaios fotográficos, um no Hyde Park e outro no London Eye também. Mesmo com chuva, deu super certo! O ruim é que nós 2 ficamos doentes na nossa última semana… haha
Não tem jeito, tem que reforçar o organismo, e mesmo comendo bem e tomando muita água, é difícil pro corpo acostumar com o clima em apenas 1 mês, e a mudança de temperatura em todo lugar que se entra. Mas faz parte… hehe
Ainda tivemos tempo de comprar lembranças pras pessoas daqui, andar por Queensway e ver o que tem de brasileiro vendendo coisas superfaturadas por lá (tipo uma caixa de Bis por 3,5 libras… hehe). Ali tem lojinhas de várias culturas diferentes. E os indianos são os que vendem mais eletrônicos e fazem as negociações! hehe
Andamos pelo Hyde Park com mais calma, tiramos mais fotos dos esquilos… Comemos doughnuts da Krisp Kreme e tomamos café Costa (e Nero também algumas vezes! hehe).
Bom, a listinha do que fazer na próxima viagem já está ficando grande só de relembrar tudo o que ainda não fizemos da primeira vez… hehe Que bom que vamos de novo!!!
Bom, pra encerrar essa série de posts… Impressões gerais da Europa: tem como não amar!?
Foram 4 semanas no total, e conhecemos 3 países, 4 cidades, fizemos 4 ensaios fotográficos, mais muitas fotos de lugares lindos!
Tivemos uma experiência no AirBnb e outra no Couchsurfing que até nos rendeu um amigo francês! Fomos praticamente mochileiros, andamos, usamos transporte público com todo mundo, não fizemos muitas coisas turísticas, mas também não deixamos de nos surpreender com tudo o que vimos – tanto que vamos de novo! haha
Ficamos impressionados com a limpeza de tudo o que vimos em Londres e Dublin, o que em Paris já era diferente. E também com o fato de o transporte ser muito bom, e animais de estimação eram aceitos em todos os meios, e sempre pareciam bem acostumados e bem aceitos pelos outros usuários. Só não achei muito legal o fato da separação e reciclagem de lixo não serem muito reforçadas, vi muito lixo misturado e nenhuma campanha falando disso em nenhum dos países.
Vivemos meio como locais, comprando coisas no mercado ou em “discount stores”. A comida era sempre de ótima qualidade, sendo “de marca” ou não, e mesmo esse fator mudava pouco o preço das coisas. Comemos coisas novas, diferentes, e vimos como é o povo no dia-a-dia. A sensação de que tudo ali é tão velho que já viu tanta história, mas ao mesmo tempo tão preservado, e até bem cuidado… que tudo aquilo trouxe aquele povo a ser o que é hoje, e que quem eles eram no passado foi o que os permitiu chegar a ser assim no presente. As memórias da Primeira Guerra Mundial ainda são muito vivas, o que se dirá da Segunda…
Londres principalmente, pra onde se olhava se viam gruas, obras por todo o lado, mas nada virava caos, nada interferia na ordem da cidade, nada atrapalhava a vida das pessoas. O trânsito permanecia normal, os pedrestres também, aliás, se precisasse desviar a calçada, ninguém ficava passando risco pela rua sem sinalização. Em Dublin também. Em Chelmsford, por ser menor, tinha menos estrutura nesse aspecto, mas ainda assim, não se via riscos. Só o trânsito de Paris que era mais louco, e o próprio francês nos disse pra tomarmos cuidado com os carros. E sim, a arquitetura em toda Europa tem no geral aquele ar antigo, mas até construções mais recentes seguem o mesmo padrão. E ao mesmo tempo, tem também um contraste com prédios modernos, com design futurista, cobertos por vidros espelhados refletindo as luzes da cidade! É um visual de encher os olhos por todos os motivos 🙂
Pelo menos pra nós, o medo e a ansiedade que sentimos aqui a todo momento foram praticamente nulos lá. A via diária é muito mais justa. Não achamos as pessoas antipáticas e egoístas como muitos aqui acham que são lá. Aliás, foram muito solidárias até! Mas é cada um na sua, ninguém interfere na vida de ninguém se não for uma situação que precise. E por mim está ótimo!
Ainda pegamos 3 grandes datas comemorativas lá: Saint Patrick’s, Mother’s Day (que lá é em março) e Páscoa. E não, nem na Irlanda vimos o apelo comercial que é aqui pra qualquer coisa. Tinha algumas propagandas falando de presente pras mães, você via promoções de chocolates aqui e ali, baratíssimos, e até ovos de páscoa. Mas nada era tão absurdo como aqui, nem na quantidade nem nos preços. Sério! Também porque se fosse, eles não iriam comprar, simples.
As pessoas se sentem livres pra comer onde esiverem, na rua, na fila, nos meios de transporte. Ninguém fica olhando, achando feio. Só não é legal quando tem cheiro forte, pois é invasivo e não tem como não se incomodar! hehe Mas isso é algo que as pessoas meio que sabem… Tanto que até no teatro que fomos em Londres um casal do nosso lado, no intervalo da apresentação, tiraram uma embalagem com sushis da sacola e comeram ali, sim, sushis prontos que você compra no mercado, sem problems algum! Na França percebemos que lá é muito forte a cultura de ir nos cafés, bares e restaurantes e sentar do lado de fora, e são muitas opções pra isso! Mas como estava frio, muitos tinham aqueles aquecedores externos à disposição.
A vida das pessoas é muito priorizada, uma vida com mais qualidade em termos gerais. Isso não é visto como luxo, como “chic”. É inteligente preservar e valorizar isso. Diminui problemas de saúde e de convivência, é resultado à longo prazo, mas que todos saem ganhando…
É muito o que tem que se aprender!
Sou eternamente grata por ter tido essa experiência!
Muito obrigada à quem acompanhou! Aqui vão todos os posts anteriores dessa viagem:
E continuem acompanhando o blog, pois ainda dá tempo de acontecer muita coisa por aqui! 😉